Colaboradores

terça-feira, 25 de junho de 2013


Era noite e um memorial marcava a mente de um homem que era tudo, menos decente.
A escória nasceu na barriga da ingenuidade, sob o fogo de uma vontade temporária que se tornou imprudente.

E a jornada começava a passos tortos, pois desde cedo o verme escutava: “aguente a merda do preconceito”.
Mas profundamente ele sabia que essa obrigação era de qualquer um, menos dele. E isso formou o seu conceito.

Carregue esse chifre, e seus ombros cansarão brevemente. Nada nem ninguém muda.
Essa era a sua verdade.
Elas sustentam temporariamente. Sua concepção era baseada nesse túmulo de mármore, com uma escultura de um anjo que expressava a lamentação da liberdade.

Bastava olhar para o céu negro, e perceber que a madrugada sustentava suas idéias mais esperançosas.
Idéias que eram interligadas com curtas perspectivas, mas que logo se perdiam com carências libidinosas.     

Ao caminhar pela cidade, a besta o seguia e se escondia atrás do cipreste, utilizando a noite como um pássaro negro.
Demônio, memória, demônio. Este massacrava o seu coração com um punho firme e essa percepção era o seu desespero.           

Ao caminhar pelo campo, várias folhas secas caiam, representando o que ele acreditava ser uma nova era em sua vida.
A cada queda das folhas uma expectativa nascia, mas essas já estavam mortas, assim como a vontade que “honestamente” seria suicida.

Pessoas conversavam, e mantinham o falso interesse como ponto central de algumas horas de superação e agrado.
História recorrente, composta por questões internas, um gentil exemplo de um diário de valores que em cada vértice é trocado.

Apenas um milagre em um mundo composto por marionetes para haver um pouco de senso crítico, mas ocorre um silêncio.
Bocas costuradas e mentes ansiosas tornaram o rumo daqueles que eram desesperados e que sentiam.  

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